-->

-->

 
A serpente 
(Adaptação: Pablo Lopes)

Era uma vez...
Uma serpente que morava no alto de um morro
Certa vez a serpente desceu do morro para procurar comida na floresta
Quando ela menos esperava...
Apareceu outra serpente que por coincidência estava de olho na mesma presa que ela
As duas começaram a briga...
Foi uma briga muito voraz
Depois de algum tempo e já muito cansada
A serpente resolveu ir embora para o seu buraco lá no alto do morro
Quando chega a sua casa e olha para traz
A serpente percebe que seu rabo havia se despedaço todo naquela confusão
Então ela resolveu descer do morro e procurar os pedaços do seu rabo que ficou espalhado por toda a floresta
Uns pedacinhos por aqui e outros por ali...
Ela saiu recolhendo todos os pedaços.

Essa é a historia da serpente que desceu
Pra procurar um pedaço do seu rabo que perdeu...
Você... É um pedaço, é um pedaço do meu rabão."

Oficina/minicurso


Antigamente


Antigamente eu tinha um nome tão bonito

Antigamente ela era minha mãe

Antigamente eu era a filha mais querida

Antigamente eu vivia de verdade

Agora estou aqui tão só

Coberta pelo pó

Ela dizia que não ia me esquecer

Que eu sentia como sente um bebê

Me defendia quando me tratavam mal

E até brigava com quem zombava de mim

E agora vai me dar

Só ocupo lugar

Trocava minhas fraldas mais de vinte vezes

Me desbotei de tanto ela me dar banho

Passava em mim um vidro inteiro de perfume

Depois me maquiava como sua mãe

E agora estou com tanto medo

Voltar ser um brinquedo



Tente entender


Mas que bobinha boneca de estimação

Você vai morar sempre dentro do meu coração

Você pra mim é bem mais que um brinquedo

Você é quem sabe todos os meus segredos

Mesmo que eu nunca brinque contigo

Como alguns anos atrás

Até que eu tento, mas já não consigo

Pois me distraio demais

É que eu cresci

Não sei porque

Não vou fingir

Sê tem que entender


 

Nem percebi quando tudo perdeu sua graça

Tantas histórias parecem que foram apagadas

Mas eu não vou ser daquelas crianças

Que para crescer, joga fora a infância

Eu já avisei toda a minha família

Que você eu nunca vou dar

Você vai ser filha da minha filha

Depois que eu me casar

Não vai demorar

Você vai ver

É só esperar

Tenta entender


Mas que bobinha boneca de estimação

Você vai morar sempre dentro do meu coração




Borboletear


Borboletinha de Arachá

Não pode mais avoar

Nos campos ou na cidade

Menino vai te pegar


Iô, iô, iô, iô, iô, iô, iô, iô

Borboletinha do Abaeté

Não voa no meu pé

Não voa no meu nariz

Pois hoje eu cheirei rapé


Iôiô, iôiô, iôiô, iôiô

  
Borboletinha de Araçaí

Não pode avoar aqui

Menino vai te pegar

E faz cozido de ti


Iôiô, iôiô, iôiô, iôiô


Borboletinha de Mossoró

De ti eu só tenho dó

Vive zanzando no mundo

Tão cansadinha e só


Iôiô, iôiô, iôiô, iôiô


Borboletinha de Paracatu

Cadê tua asinha azul

Te guardo no coração

E vamos voar no Sul


Iôiô, iôiô, iôiô, iôiô



Galinha D'Angola

Coitada, coitadinha

Da galinha d'angola

Não anda ultimamente 2X

Regulando da bola


Ela vende confusão

Compra briga

Gosta muito de fofoca

E adora intriga

Fala tanto

Que parece que engoliu uma matraca

E vive reclamando que está fraca


Tô fraca, tô fraca, tô fraca, tô fraca, 4X

tô fraca                     



Coitada, coitadinha

Da galinha d'angola

Não anda ultimamente 2X

Regulando da bola



Come tanto até ter dor de barriga

Ela é uma bagunceira de uma figa

Quando choca, cororoca, come milho e come caca,
E vive reclamando que está fraca.
 


Tô fraca, tô fraca, tô fraca, tô fraca, 4X

tô fraca


A CARTA DA CLARINHA


Lá no galinheiro, estava eu, certa manhã,

Quando vi chegar o carteiro com a carta de uma fã

E a carta era assim:



Galinho Galileu,

Sou eu, eu acordo com você todo dia.

E eu não sabia.

Seu canto é tão bacana,

Mas me faz cair da cama.

Sua voz é tão bonita!

Por que você tanto grita?

Por favor, cante mais baixinho,

Pra eu acordar devagarinho.


Clarinha do Riachão,

Obrigada pela atenção.


O GALO GALILEU


Galo que é galo gosta da madrugada! (bis)

Quando a noite tá acabando, mas ainda não acabou, ô ô

Quando o sol já tá chegando, mas ainda não chegou, ô ô

É madrugada. É madruga. Tá tudo escuro ninguém ver nada.

A coruja pia: hú, hú, hú. O grilo cricrila: cri, cri...

E o orvalho vem caindo, como disse o Noel.

Todo mundo tá dormindo e o galo olhando pro céu.

E o galo olhando pro céu, e o galo olhando pro céu.

Quando ele vê, aparecer o primeiro raio do sol.

Cococó, o dia amanheceu, cocoricó, disse o galo Galileu.(bis)

Pula, pula, vamos espreguiçar, pula, pula vamos levantar,

Acorda galinhada ta na hora de bicar



Cococó, o dia amanheceu, cocoricó, disse o galo Galileu.(bis)



Mas, ô Galileu o que você respondeu pra Clarinha, hein?



- Oh, minha fã, você é muito dengosa,
Mas de manhã, você é meio preguiçosa.
Acorda! Acorda!

Clara, Clara o dia clareou!

Clara, Clara o Galileu cantou!


A LÍGUA DO NHEM

Havia uma velhinha

Que andava aborrecida

Pois dava a sua vida

Para falar com alguém

Estava sempre em casa

A boa da velhinha

Resmungando sozinha


Nhem, nhem, nhem, nhem, nhem,....


O gato que dormia
No canto da cozinha

Escutando a velhinha

Principiou também

A miar nessa língua

E se ela resmungava

O gatinho acompanhava


Nhem, nhem, nhem, nhem, nhem,....
 


Depois veio o cachorro

Da casa da vizinha

Batucada da galinha

De cá, de lá, de além

E todos aprenderam

A falar noite e dia

Naquela melodia


Nhem, nhem, nhem, nhem, nhem,....


De modo que a velhinha

Que muito compadecia

Por não ter companhia

Nem falar com ninguém

Ficou toda contente

Pois mal a boca abria

Tudo lhe respondia


Nhem, nhem, nhem, nhem, nhem,....


PÉ COM PÉ

Acordei com o pé esquerdo

Calcei meu pé de pato

Chutei o pé da cama

Botei o pé na estrada

Deu um pé de vento

Caiu o pé d'água

Perdi o pé de apoio

Agarrei num pé de planta

Despenquei com pé descalço

Tomei pé da situação

Tava tudo em pé de guerra

Tudo em pé de guerra


Pé com pé,pé com pé, pé com pé

Pé contra pé


Não me leve ao pé da letra

Essa história não tem pé nem cabeça


Vou dar no pé/ pé quente

Pé ante pé/ pé tapado

Samba no pé/ pé na roda

Não dá mais pé/ pé chato

Pegar no pé/ pé de anjo

Beijar o pé/ pé de meia

Meter o pé/ pé – de – moleque

Passar o pé/ pé de pato

Ponta do pé/ pé de chinelo

Bicho de pé/ pé de gente

Fincar o pé/ pé de guerra

De orelha em pé/ pé atrás

Pé contra pé/ pé fora

A pé/ pé frio

Rodapé/ pé


TODA CRIANÇA QUER


Toda criança quer

Toda criança quer crescer

Toda criança quer ser um adulto


E todo adulto quer

E todo adulto quer crescer

Para vender e ter acesso ao mundo


E todo mundo quer

E todo mundo quer saber

De onde vem

Pra onde vai

Como é que entra

Como é que sai

Por que é que sobe

Por que é que cai

Pois todo mundo quer...


IP OP

Fui visitar minha tia em Marrocos, ip,op

Fui visitar minha tia em Marrocos, ip,op

Fui visitar minha tia , fui visitar minha tia

Fui visitar minha tia em Marrocos


No caminho eu encontrei um camelo ondulado

No caminho eu encontrei um camelo ondulado

No caminho eu encontrei, no caminho eu encontrei

No caminho eu encontrei um camelo ondulado

Ip au au au ip au/ ip op, ondulado

Ip au au au ip au/ ip op, ondulado

Ip au au au, ip au au au

Ip au au au ip au/ ip op, ondulado


No caminho eu bebi um guaraná, glup, glup...



Ip au au au ip au/ ip op, ondulado, glup, glup...



No caminho eu encontrei um doutor, ai que dor...


Ip au au au ip au/ ip op, ondulado, glup, glup, ai que dor...


CANTIGA PARA LUCAS

Estrale os dedos meninos

Invente uma nova canção

Chute a bola da vida

No gol da imaginação



Solte a pipa no vento

Sonhe Papai Noel

Pregue uma grande mentira

Na aquarela de papel



Seja o dono da rua

Capitão do navio

Seu circo é de brinquedo

Do tamanho do Brasil

 
MENINOS

Vou pro campo, no campo tem flores
As flores têm mel, e mais de noitinha
Estrelas no céu, no céu, no céu 
O céu da boca da onça é escuro
Não cometa, não cometa, não cometa furo







Pimenta malagueta não é pimentão, tão
 
Vou pro campo, acampar no mato
No mato tem pato, gato e carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d'água pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar, não caia nessa onda
A cachoeira é funda e afunda


Não sou tanajura, mas eu crio asas
E com os vaga-lumes eu quero voar
O céu estrelado hoje é minha casa
E fica mais bonita quando tem luar    REFRÃO






























 
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá

Dizem que verrugas são estrelas, que a gente aponta
Que a gente conta antes de dormir, dormir, dormir
Eu tenho contado, mas não tem nascido
Isto é história de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir
 
Os sete anões pequeninos, sete corações de meninos
A alma leve, leve, leve
São folhas e flores ao vento, o sorriso e o sentimento
Da Branca de Neve, neve,neve


Duerme, duerme negrito


Duerme, duerme negrito
Que tu mamá está en el campo    2X
Negrito

Te va a traer codornices para tí
Te va a traer muchas cosas para tí
Te va a traer carne de cerdo para tí
Te va a traer muchas cosas para tí

Y si negro no se duerme
Viene diablo blanco
Y sale comen la patita
Yakapumba Yakapumba
Apumba Yakapumba Yakapumba Yakapumba

Duerme, duerme negrito
Que tu mamá está en el campo    2X
Negrito

Trabajando
Trabajando duramente
Trabajando, sí
Trabajando y no le pagan
Trabajando, sí
Trabajando y va cosiendo
Trabajando, sí
Trabajando y va de luto
Trabajando, sí
Pal negrito chiquitito
Trabajando, sí
Pal negrito chiquitito
Trabajando, sí
No le pagan, sí
Duramente, sí
Va cosiendo, sí
Va de luto, sí

Duerme, duerme negrito
Que tu mamá está en el campo    2X
Negrito


O AR (VENTO)

Estou vivo, mas não tenho corpo 
Por isso é que eu não tenho forma 
Peso eu também não tenho 
Não tenho cor 
Quando sou fraco
Me chamo brisa
E se assovio
Isso é comum
Quando sou forte
Me chamo vento
 

Quando sou cheiro
Me chamo pum!

KIKIÔ

Kikiô nasceu no centro
Entre montanhas e o mar



Kikiô viu tudo lindo
Todo índio por aqui
India América deu filhos
Foi Tupi foi Guarani

Kikiô morreu feliz deixando
A terra para os dois
Guarani foi pro sul
Tupi pro norte
E formaram suas tribos
Cada um no seu lugar

Vez em quando se encontravam
Pelos rios da América



E lutavam juntos contra o
Branco em busca de servidão
E sofreram tantas dores
Acuados no sertão


Tupi entrou no Amazonas
Guarani ainda chama...
Kikiô na lua cheia quer Tupi,
Quer Guarani

A Cabra


A cabra subiu na montanha

Pra ver o que ela viu

A cabra subiu na montanha

Pra ver o que ela viu

 
E sabe o que ela viu

E sabe o que ela viu


O outro lado do morro foi tudo o que ela viu

O outro lado do morro foi tudo o que ela viu


A Serpente


Essa é a história da serpente,

Que desceu do morro para procurar

Um pedaço do seu rabo.

E você é...e você...e você é

Um pedaço do meu rabão.


Chiclete

Pisa no chiclete

Dá uma rodadinha

Dança da galinha

Coci, coci, coci, coci, coçá

Quem parar de perna aberta tem que rebolar.


Piaba


Sai, sai, sai oh piaba

Saia da lagoa



Sai, sai, sai oh piaba

Saia da lagoa



Bote a mão na cabeça

E a outra na cintura

Faz um remelexo gostoso

E dá uma umbigada no outro

 
CANÇÃO DO CARRO

Quem quer passear de carro?
Quem quer passear de carro?
Quem quiser passear de carro então vem passear de carro

Clip, clept, abre a porta da frente
Clip, clept, abre a porta de trás
Todas as portas clip. Clept
Vamos passear de carro

Sobe, sobe, sobe no banco da frente
Espalha, esparrama, no banco de trás
Eu viro a chave dou a partida
Vamos passear de carro

O motor faz trum, trum
O motor faz trum, trum,trum
Meninos e meninas na frente e atrás
Vamos passear de carro

Tudo em volta passa depressa
Tudo em volta passa depressa
Prédio, postes e um vira-lata
Vamos passear de carro

Eu vou deixar você buzinar
Eu vou deixar você buzinar
Pom. Pom, pom

No meio do caminho tem uma galinha
No meio do caminho tem mil galinhas
Có , có,...

Agora já chega de passear
Breca vira vamos voltar
De macha ré,
Vamos passear de carro

SEMPRE VIVA

Tantas flores tem os flambos
Mais amores tem meu bem
Se arrancar todas as flores
Borboletas já não vem, não vem
Borboleta colorida
Sai de cima dessa flor
Bem-me-quer é margarida
Mal-me-quer é meu amor
Bole, bole, borboleta


Quem mandou você parar
Pirilampo não espera
Tanto tempo pra piscar
Tanto tempo pra piscar










Que tamanho tem o mundo?
Pra que lado fica o fim?
No meu vale mais profundo
Mais vale você pra mim, pra mim.


Borboleta colorida
Sai de cima dessa flor
Mal-me-quer é margarida
Bem-me-quer é meu amor
Bole, bole, borboleta
Quem mandou você parar
Pirilampo não espera
Tanto tempo pra piscar
Tanto tempo pra piscar

Fale Conosco

Para falar com Pablo Lopes:


pabloludo@hotmail.com

twitter.com/pabloludo1

LinkedIn: Pablo Lopes


Se preferir, deixe o seu recado que eu o retornarei:

OFICINA/MINI-CURSO:




Brinquedos e Brincadeiras na Escola: benefício concedido ou direito garantido?


Ementa:
O conceito de ludicidade e seu uso na educação; entendendo o brincar como um Direito da Criança; a organização do espaço para o brincar; a infância e suas especificidades; o perfil do professor brincante e a valorização da cultura infantil na escola. 

Objetivos:
  • Conceituar o termo ludicidade e o seu uso na educação;
  • Defender o direito ao brincar entendendo-o como uma necessidade para o desenvolvimento da criança;
  • Oportunizar aos participantes a organização de um espaço que lhes permitam usar a criatividade;
  • Re-significar as brincadeiras tradicionais  como elemento de preservação da cultura  e dos laços entre as gerações;
  • Perceber a importância do brincar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental;
  • Conhecer os vários tipos de brincadeiras e jogos que as crianças brincam na rua;
  • Despertar o “ser lúdico” que se encontra em estado latente em cada um de nós;
  • Voltar para si, soltar o corpo e eliminar as tensões para a realização de um trabalho mais ativo e produtivo.

Justificativa:
 Os últimos estudos que realizamos sobre a importância do brincar e sua inserção na prática pedagógica  da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, nos fez refletir a cerca da existência de um campo de contradições entre o papel que o brincar ocupa na prática educacional - demasiadamente pequeno -  e o espaço considerável que esse ocupa nos discursos e teorias sobre essas práticas. Todavia, talvez influenciados pelas teorias da psicologia do desenvolvimento infantil, os professores que trabalham direta ou indiretamente nas instituições de ensino parecem reconhecer a importância que o brincar tem para o desenvolvimento das crianças, atribuindo a ele um papel fundamental (Rocha, 2005). O que não se pode negar, é a satisfação manifestada pelas crianças no contexto de uma pedagogia que valoriza as experiências lúdicas como mediadoras, e porque não dizer, promotoras do processo ensino-aprendizagem
Diante desses pressupostos, temos observado que o brincar tem sido compreendido pelas escolas como modismo, um agrado, um prêmio por algo realizado ou, o não brincar, como punição por infração de normas, um benefício concedido e não como um direto da criança, que deve ser garantido, por se tratar de uma necessidade, e estar assegurado em Lei.
Pensando nisso decidimos, fugindo dos padrões convencionais com que temos abordado o assunto, realizar essa oficina/mini-curso com o tema: “brinquedos e brincaderiras na escola: benefício concedido ou direto garantido?”, a fim de mostrar a todos que trabalham com crianças, e se interessam pelos estudos sobre o brincar, as diversas facetas de um mesmo tema, fundamentado em teorias e práticas que valorizem a criança como sujeito dos direitos e o brincar como exercício de cidadania e não apenas como simples passa-tempo.

Público Alvo:

Graduandos em Pedagogia, Pais e Professores (as) de Educação Infantil e 1º ao 5º ano do ensino fundamental.

Carga horária/nº de particpantes:

O curso terá uma carga horária de 16 horas podendo ser adaptado para 12 ou 8 horas, atendento no máximo 60 pessoas

Obs: Os participantes deverão trajar roupas leves e confortáveis.

Atividades:


  • Exposição oral;
  • Leitura e análise de textos;
  • Roda de conversas;
  • Construção de painéis;
  • Oficina de brincadeiras:
  1. Musicografias – “Pode cantar que eu danço”
  2. Brinquedos cantados – “A magia do corpo pelo movimento”
  3. Brincadeiras tradicionais – “O pião entrou na roda...”
  4. Jogos cooperativos – “Ninguém vai sair... Todos vão brincar?”
  5. Brincadeiras (im)possíveis – “Será que vai dar?”
  • Histórias:
  1. Literatura infantil – “Era uma vez...”
  2. Contos populares – “Quem conta um conto aumenta a simpatia”
  • Os cantinhos do brincar;
  • Oficina de danças:
  • Danças circulares – “E nessa ciranda o mundo inteiro, é meu, é seu....”  
  • Oficina de Brinquedos¹
Materiais e equipamentos:

Aparelho de som; caixa amplificada; cadeiras tipo escolar sem braço; papel sulfite; papel de seda nas cores vermelha e verde; balões coloridos; massa de modelar; hidrocor; caneta azul; lápis de cor; giz de cera; tinta guache (várias cores); tinta facial; papel metro (branco ou amarelo); fita adesiva; fita crepe; barbante; tesouras; jornais; revistas.
Bibliografias:

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal 8069 de 13/07/1990.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. MEC/SEF, 1998. 3v.

BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e Cultura / Cilles Brougère ; revisão técnica e versão brasileira adaptada por Gisele Wajskop. – 5ª ed. – São Paulo, Cortez, 2004. – (Coleção Questões da Nossa Época; v. 43).

 

CRIANÇA, Pastoral. Brinquedos e brincadeiras na comunidade. Pastoral da Crianças – Curitiba, 2005. 192p.; il.; 20,5x27,5 cm (contém anexos).


KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogos Infantis: o jogo a criança e a educação/ Tizuco Morchida Kishimoto. – Petrópolis, RJ : Vozes, 1993.

KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para educação infantil. São Paulo – SP : Ática, 2003.

PORTO, Bernadete de Souza. Ludicidade: o que é isso mesmo?/Bernadete de Souza Porto (organizadora). – Salvador: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação; GEPEL, 2002.

REDIN, Euclides. O espaço e tempo da criança: se der tempo a gente brinca! / Euclides Redin. – Porto Alegre : Mediação, 1998. 85p. (Cadernos de Educação Infanitl).

ROCHA, M.S.P.M.L. Não Brinco Mais: a (des)construção do brincar no cotidiano educacional / Maria Sílvia Pinto de Moura Librandi da Rocha – 2. ed. ver. – Ijuí, Rio Grande do Sul: Ed. Unijuí, 2005.  – 200 p. – (Coleção Fronteiras da Educação).


SANTOS, Santa Marli Pires (Org.). A ludicidade como ciência/Santa Marli Pires dos Santos (organizadora). – Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

________, Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

________, Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis – RJ: Vozes, 200.

________, Brinquedoteca e Infância: um guia para pais e educadores em creche. – Petrópolis, RJ : Vozes. 1999.

________, O lúdico na formação do educador. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola / Gisela Wajskop. 5ª ed. – São Paulo: Cortez, 2001. – (Coleção Questões da Nossa Época; v. 48).

O que é brincar na visão das crianças?


Adriana Meregalli Camargo


 

Durante estes oito semestres do Curso de Pedagogia - Licenciatura Plena,
estudamos sobre o lúdico, os jogos, como trabalhá-los, tudo segundo alguns
autores como Lev Vygotsky, Henri Wallon e Jean Piaget, mas na prática, a
visão das crianças pouco foi discutida, por nós educadoras.

Moreno (apud, Aroeira;Soares e Mendes,1996) fazendo uma síntese dos
principais pensadores menciona que Lev Vygotsky destaca que no jogo a
criança encena a realidade, utilizando regras de comportamento socialmente
constituídas. Para Wallon, o jogo é uma forma de organizar o acaso, de
superar repetições. No jogo a criança manifesta suas disponibilidades de
ação. Jean Piaget, por sua vez, destaca que o jogo representa a
predominância da assimilação sobre a acomodação. Assim, a imitação, o
desenho e a linguagem, contribuem para a construção da representação pela
criança.


 

O desenvolvimento humano decorre de trocas que estabelecem durante toda a
sua vida entre indivíduos e o meio, assim, o jogo permite comportamentos
espontâneos e improvisados, uma vez que há liberdade para a tomada de
decisões e as regras podem ser criadas pelos participantes.


 

Muito se diz que o jogo é importante para as crianças. Em vista disso
pergunto: Por quê? As respostas são as mais diversas: é um momento de
integração, interação, de divertimento, de aprender, de desenvolver
habilidades... Para mim, o jogo é mais do que o simples ato de brincar,
pois no jogo, nas brincadeiras a criança se comunica com o mundo, se
expressa e sociabiliza de acordo com a sua percepção do que é brincar.


 

Foi pensando nisto que resolvi saber qual é a visão da criança sobre o
brincar. Para isso pergunto: o que é brincar para a criança? Existem
momentos mais adequados para brincar que outros? É possível conciliar
brincadeira e estudo?


 

Para responder a estas questões elaborei o presente artigo em três partes.
Na primeira parte teremos uma pequena visão histórica dos jogos e
brincadeiras na sua evolução pedagógica, fazendo uma relação com os
brinquedos de antigamente e os atuais . Na segunda parte, relato a visão
das crianças sobre os jogos e brincadeiras, suas fantasias, imaginação,
brinquedos e brincadeiras prediletos. Na terceira parte destaco a visão
das crianças sobre quais momentos que brincam e se a estes momentos podem
ser conciliados os estudos.


 

As respostas encontradas são fundamentadas a partir da prática pedagógica
realizada no período de 31 de março a 06 de maio de 2003, com uma turma de
3ª série, da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Paulo da Silva,
localizada no distrito de Atlântida Sul, Osório.


Alguns aspectos da evolução pedagógica dos jogos


 

As concepções sobre os jogos foram sofrendo modificações ao longo do
tempo. Segundo Kishimoto (1990), Platão já destacava a importância de
"aprender brincando", em oposição a utilização da violência e da opressão.
Já Aristóteles sugeria que para educar crianças os jogos deveriam imitar
atividades sérias, de ocupação adulta, como forma de preparo para a vida
futura. Na Idade Média, era do Cristianismo, o jogo foi banido da
educação, pois era visto pela igreja como algo pecaminoso. Foi no século
XVII, com o Renascimento Italiano que novos ideais foram introduzidos, e o
jogo começa novamente a fazer parte do cotidiano da educação. Nesta época,
os jogos não eram classificados como infantis ou para adultos, por que as
crianças eram vistas como adultos em miniaturas. Rosseau destaca a
necessidade de educar a criança conforme sua "natureza infantil",
apontando para o brinquedo como objeto e ação de brincar. É com Froebel
que o jogo começa a fazer parte da história da educação.


 

É por intermédio dos jogos e brinquedos que a criança adquire a primeira
representação do mundo e penetra no mundo das relações sociais,
desenvolvendo um senso de iniciativa e auxilio mútuo. Brincando e jogando,
a criança reproduz as suas vivências transformando o real de acordo com
seus desejos e interesses.


 

No período de estágio, durante uma brincadeira na hora do recreio, alguns
alunos questionaram-me sobre como eram as brincadeiras antigamente, então
resolvemos pesquisar em casa com os pais e trazer as respostas no dia
seguinte. Foi muito interessante, pois eles descobriram sozinhos, por
meio da sua curiosidade, investigação, a resposta para seus
questionamentos.


 

O questionamento proposto foi o seguinte: como e quais eram os jogos
brinquedos antigamente? Como são os brinquedos agora? São os mesmos? O que
mudou? Descreva sua brincadeira predileta.


 

A ansiedade era grande para expor o que haviam encontrado. As respostas
eram as mais variadas, mas de certa forma, se repetiam. Embora a realidade
de cada família fosse diferente umas das outras, os integrantes das
famílias viviam no mesmo contexto histórico e em culturas semelhantes, nas
quais predominavam os mesmos brinquedos.


 

Os brinquedos eram construídos pelos próprios pais e avós. As crianças
relatam que sabugo de milho servia para fazer boizinhos, carrinhos de
taquara, de madeira ou lata com rodinhas de mandioca, bonecas de pano,
jogo de bolita, jogo da velha, pular corda, subir em árvores, carro de
lomba, cinco marias, amarelinha, cantigas de roda, faziam parte da
infância de seus pais, e como não tinham como comprar brinquedos eles
próprias inventavam suas brincadeiras e fantasias. Como afirma Vygotsky
(1984,p.11): "A ação surge das idéias não das coisas: um espaço de madeira
torna-se um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo. A ação por
regras começa a ser determinada pelas idéias e não pelos objetos."
Nas suas respostas, as crianças mencionavam a diferença dos brinquedos
antigos e atuais, hoje alguns brinquedos são mais modernos e sofisticados.
São de plástico, de pelúcia, de borracha, de ferro. "Alguns continuam
iguais e outros mudaram devido a tecnologia, hoje tem vídeo - game,
SKATE", diz um aluno.


 

Por ser uma comunidade pequena, de hábitos simples, os brinquedos como
bola, carrinhos, bonecas, bicicleta, jogo de bolita, cantigas de roda,
brincar de escolinha, jogar futebol, esconde - esconde, gata - cega, pular
corda, jogo do caçador, SKATE, carrinhos com controle remoto, fazem parte
do cotidiano destas crianças. Podemos observar que algumas brincadeiras
"antigas" fazem parte destes tempos atuais vividas pelas crianças.
A tecnologia está tão avançada que os jogos e brinquedos tornam-se
estranhos aos pais. Na sua infância estavam acostumados a brinquedos
simples e modestos que aguçavam mais sua imaginação, criando suas
próprias histórias, suas fantasias, seu mundo de faz-de-conta. Para
Friedmann (1996,p.11): "Os jogos e brincadeiras , evidentemente, mudaram
muito desde o começo do século até os dias de hoje nos diferentes países e
contextos sociais. Mas o prazer de brincar não mudou."


 

A evolução tecnológica está presente em nossas casas nas coisas mais
simples como os brinquedos e jogos eletrônicos. Por isso deve-se ter uma
atenção e interesse maior em saber com o que nossas crianças estão se
divertindo, pois nestas brincadeiras elas também estão construindo sua
aprendizagem, criticidade, criatividade e visão de mundo.


 

A visão das crianças sobre o brincar


 

Baseada em observações que realizei durante aulas de recreação na praça
próxima a escola, relato qual foi a visão das crianças sobre o que é
brincar, seus sentimentos e fantasias em uma das tardes em que fomos a
praçainha . A aula dividiu-se em dois momentos, o primeiro com atividades
dirigidas e o segundo momento com atividades livres, onde as crianças
inventavam suas próprias brincadeiras.


 

Estava uma tarde de sol maravilhosa, ótima para uma boa caminhada,
atividades recreativas e divertidas. Quando disse a eles que iríamos até a
praça, logo começaram a se organizar, preparar o material como cordas e
bolas. A conversa, a euforia e a "bagunça" foi inevitável até chegarmos ao
local. Eles gostavam muito do trabalho em sala de aula, de atividades
diversificadas e significativas, mas com certeza, preferiam atividades
lúdicas e recreativas.


 

Chegando na praça, todos estavam muito alegres, ansiosos pelo início das
brincadeiras. Iniciamos com brincadeiras com bolas, como: bola ao lado,
bola a cima, bola em baixo, caçador... e logo após, passamos as
atividades ou brincadeiras com cordas, como: cabo de guerra, pular corda
em grupos ou individualmente e cada macaco no seu galho. Desde o início
das brincadeiras os meninos clamavam pelo tão adorado futebol, mas não se
opuseram a realizar as atividades propostas.


 

Foi maravilhoso ver o envolvimento das crianças durante as brincadeiras, a
participação, cooperação, integração entre todos da turma. Uma observação
interessante é que não há rivalidade entre os grupos apesar de algumas
brincadeiras estimularem a competição. Estavam sempre trocando de grupos,
para que não se formassem as tradicionais "panelinhas", apesar de uma
determinada dupla sentir receio em se separar, mas não houveram maiores
problemas quanto a separação da mesma, quando necessário.

No segundo momento das atividades, disse-lhes que podiam brincar do que
quisessem, então dirigiram-se para as atividades que mais lhes chamava
atenção. A maioria dos meninos, correram para o campo de futebol, alguns
foram brincar nos balanços junto com as meninas, e o restante da turma
ficaram na quadra pulando corda e jogando vôlei. As vezes havia
revezamento entre os participantes para que todos pudessem participar de
todas as brincadeiras.


 

Terminado o tempo para ficarmos na praça, retornamos para a escola e
durante o caminho fomos conversando sobre as atividades realizadas. Já na
sala de aula, como tema de casa, eles deveriam responder algumas
perguntas como: O que é brincar para ti? O que sentiste brincado na
pracinha? Do que mais gostaste de brincar? Parti do pressuposto que em
casa poderiam refletir melhor sobre as atividades que realizaram durante o
período em que estavam na pracinha.


 

No outro dia, todos relataram suas reflexões, seus sentimentos. Brincar
segundo as crianças é diversão, é alegria, é jogar bola, é brincar de
SKATE, é andar de balanço, é alegria, é uma coisa que toda criança gosta
de fazer. Alguns responderam que "brincando a gente aprende muita coisa",
"é legal porque a gente sabe uma brincadeira e aprende outra", "brincar
para mim é se divertir, porque a gente se esquece de tudo e entra na
brincadeira", relatam dois alunos Outro aluno ainda disse: "Na pracinha eu
me sinto voando, quando estou no balanço ou na gangorra". As crianças
sentem prazer no que estão fazendo, para eles há um significado próprio
para cada atividade, sentem liberdade para se expressar. Isso pode ser
percebido na resposta que uma das crianças deu: "quando a gente brinca
não fica triste". Na praça as brincadeiras prediletas foram gangorra,
balanço, jogar bola, pular corda, pega-pega, esconde-esconde.
Pude observar que este momento é muito mais do que um tempo para as
crianças praticarem atividades físicas ou de recreação. É um espaço que
eles utilizam para se expressar, se comunicar, divertir, esquecer do seu
mundo real para viver em um mundo de fantasia, de sonho, de imaginação. O
ato de brincar para as crianças é um processo onde elas constróem seus
conhecimentos, sua aprendizagem, sua visão do mundo em que vivem,
socializam seus desejos, fazendo sempre aquilo que gostam, que têm
significado para elas, do modo que lhe fazem sentir bem.


 

Será que hora de brincar é só no recreio?


 

Estamos acostumados desde crianças a cumprir regras e horários. Assim,
temos horários para acordar pela manhã, tomar café, almoçar.... enfim
somos programados para seguir determinadas condições que nos são impostas.


 

Na escola não deixaria de ser diferente. Temos horários para entrar,
lanchar, ir para o recreio e para ir embora, logo horário de brincar é na
hora do recreio, fora isto é hora de estudar. Mas será que precisa ser
assim? Friedmann (1996,p.15) afirma que: "O jogo fica relegado ao pátio ou
destinado a "preencher" intervalos de tempo entre aulas. Entretanto, o
jogo pode e deve fazer parte das atividades curriculares."


 

"Não tenho tempo para brincar com as crianças, tenho um currículo a
cumprir". Durante os períodos de estágio, discussões durante o curso,
conversas com colegas professoras ouvi isto, não só em relação a questão
do brincar, mas também em relação as práticas pedagógicas, metodologias de
trabalho, avaliação... entre outros.


 

Na escola é possível planejar os espaços de jogos na própria sala de
aula, aproveitando os recursos disponíveis como classes e cadeiras. No
pátio fica ainda mais fácil, pois o espaço é mais amplo, de fácil
aproveitamento, sem contar que as crianças se divertem muito mais em
aulas ao ar livre.


 

A escola que realizei estágio, por ser uma escola pequena, não possuía
muitos recursos disponíveis em bom estado de conservação, apenas algumas
bolas e cordas, os quais utilizávamos quando íamos a uma praça próxima a
escola, pois como o pátio era muito pequeno, os gritos, barulhos,
atrapalhavam as turmas que estavam em sala de aula.
Como eu já havia detectado que algumas crianças possuíam dificuldades em
algumas áreas da matemática como: dúzia, dezena, multiplicação, fizemos a
hora do bingo. Confeccionamos as cartelas em sala de aula com papel
sulfite e eles deveriam escolher sete números dentre os quais eu havia
colocado no quadro, para inserir em suas cartelas. Em cada rodada poderiam
trocar os números das cartelas. De dentro de um saco colorido eu retirava
as fichas com as operações que eles deveriam efetuar. Quem tivesse na sua
cartela o resultado, marcaria com uma mangueirinha o número (utilizamos a
mesma mangueirinha que confeccionamos para o ábaco). Logo quem tivesse
preenchido toda a cartela primeiro gritaria "bingo" e seria o vencedor da
rodada.


 

Outra atividade realizada, foi a dança da cadeira. Organizamos as cadeiras
em círculo na sala de aula, de acordo com a música eles andavam em volta
do círculo, quando parasse a música, deveriam sentar. Quem ficasse sem
cadeira deveria, iniciar um texto no quadro. O assunto era livre, e assim
os próximos a sair da brincadeira continuariam o texto.


 

Nas duas atividades pude observar que o interesse, a cooperação,
integração e a aprendizagem foram maiores do que se eu tivesse dado estas
atividades no quadro para eles resolverem ou um tema para que fizessem uma
produção textual com assunto determinado.


 

Eles estavam, sem notar, estudando e se divertindo ao mesmo tempo, isso
demostra que é possível fazer com que estes dois itens tão importantes na
vida de uma criança, estudar e brincar, sejam conciliados, não só na sala
de aula, mas também em casa. Buscar informações, temas de casa
diversificados, atrativos, significativos, estimulam mais o interesse,
instigam a curiosidade da criança na busca para encontrar as respostas
para suas dúvidas e até mesmo reforçar o que foi visto diariamente em sala
de aula.


 

Em minha vivência durante o estágio, os estudos, as leituras, fizeram-me
perceber que a educação depende em grande parte da motivação da criança.
Suas necessidades e interesses são muito importantes e devem ser levados
em consideração, por nós educadores, durante as atividades. O educador
tem um papel fundamental na motivação da criança para que haja
aprendizagem. Ele deve desenvolver atividades que instigue na criança a
curiosidade, a vontade de aprender, a busca de informações e
principalmente, que tenha para a criança significado.


 

As crianças devem ser consideradas pela escola como seres sociais,
privilegiando o seu contexto sócio-econômico e cultural, reconhecendo as
diferenças existentes entre elas. Para isso se faz necessário propiciar as
crianças um desenvolvimento integral e dinâmico e oferecer instrumentos
para que possam tornar possível a construção da sua autonomia,
criticidade, responsabilidade e cooperação. Cada indivíduo necessita
construir sua própria personalidade e conhecimentos e para que tal
processo ocorra, o brinquedo torna-se algo fundamental.


 

Não é suficiente dar a criança o direito ao jogo. Para ser uma atividade
significativa é preciso instigar nela o interesse e o desejo pelo jogo, e
para isso não basta somente ampliar o tempo de brincar ou o tempo do
recreio, é preciso que o educador tenha uma nova postura frente as
brincadeiras e ao espaço em que elas acontecem.


 

Considerações Finais


 

Com o passar dos tempos, os jogos e suas concepções foram modificando-se,
evoluindo, de acordo com cada época, com as discussões feitas por autores
e até mesmo, creio eu, por discussões realizadas pelos educadores.


 

Mudaram tanto que os jogos que eram comuns a todos, adultos e crianças,
hoje são mais específicos, há brincadeiras, os jogos infantis e os que são
considerados para adultos.


 

Para muitos os jogos e brincadeiras ainda têm um único objetivo: que as
crianças possam ficar por alguns minutos, ou algumas horas, entretidos,
distraídos. O jogo é mais que isso. No momento em que as crianças estão
ali, concentradas na sua brincadeira, que é tão significativa para ela, a
criança tem a chance, a oportunidade de expressar seus sentimentos,
desejos, interesses, pensamentos, suas idéias e sua visão do meio que a
cerca, e também aprender.


 

Durante a realização das brincadeiras e dos jogos, a criança cria seu
mundo lúdico, sua história. O jogo é uma atividade que dá prazer, libera
as emoções de quem joga ou brinca. Na brincadeira a criança também
aprende, se diverte, enfrenta desafios, interage com o meio e com o seu
interior, isso porque, há motivação e significado para ela.


 

Brincar para as crianças é o momento em que elas se divertem, sentem-se
livres para se expressar, viver no seu mundo de fantasias. Cada atividade
tem seu significado próprio, único para cada um que brinca. A interação
com amigos ou colegas torna a brincadeira mais gostosa, mais divertida,
mas não significa que brincar sozinho não proporcione estes sentimentos a
criança.


 

Penso que na sala de aula, na rua, no pátio de casa, no playground, na
praça, os jogos e brincadeiras, das mais antigas as mais atuais, devem
continuar fazendo parte do cotidiano de nossas crianças, integrado com a
sua realidade e seus interesses. O ato de brincar é mágico, é único,
prazeroso e inesquecível, pois as lembranças de nossa infância guardaremos
para sempre conosco.


Bibliografia

AROEIRA, Maria Luísa Campos; SOARES, Maria Inês B.; MENDES,Rosa Emília de
A. Didática da Pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo:
FTD,1996.


FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender - O resgate do jogo
infantil. São Paulo: Moderna,1996.