OFICINA/MINI-CURSO:




Brinquedos e Brincadeiras na Escola: benefício concedido ou direito garantido?


Ementa:
O conceito de ludicidade e seu uso na educação; entendendo o brincar como um Direito da Criança; a organização do espaço para o brincar; a infância e suas especificidades; o perfil do professor brincante e a valorização da cultura infantil na escola. 

Objetivos:
  • Conceituar o termo ludicidade e o seu uso na educação;
  • Defender o direito ao brincar entendendo-o como uma necessidade para o desenvolvimento da criança;
  • Oportunizar aos participantes a organização de um espaço que lhes permitam usar a criatividade;
  • Re-significar as brincadeiras tradicionais  como elemento de preservação da cultura  e dos laços entre as gerações;
  • Perceber a importância do brincar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental;
  • Conhecer os vários tipos de brincadeiras e jogos que as crianças brincam na rua;
  • Despertar o “ser lúdico” que se encontra em estado latente em cada um de nós;
  • Voltar para si, soltar o corpo e eliminar as tensões para a realização de um trabalho mais ativo e produtivo.

Justificativa:
 Os últimos estudos que realizamos sobre a importância do brincar e sua inserção na prática pedagógica  da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, nos fez refletir a cerca da existência de um campo de contradições entre o papel que o brincar ocupa na prática educacional - demasiadamente pequeno -  e o espaço considerável que esse ocupa nos discursos e teorias sobre essas práticas. Todavia, talvez influenciados pelas teorias da psicologia do desenvolvimento infantil, os professores que trabalham direta ou indiretamente nas instituições de ensino parecem reconhecer a importância que o brincar tem para o desenvolvimento das crianças, atribuindo a ele um papel fundamental (Rocha, 2005). O que não se pode negar, é a satisfação manifestada pelas crianças no contexto de uma pedagogia que valoriza as experiências lúdicas como mediadoras, e porque não dizer, promotoras do processo ensino-aprendizagem
Diante desses pressupostos, temos observado que o brincar tem sido compreendido pelas escolas como modismo, um agrado, um prêmio por algo realizado ou, o não brincar, como punição por infração de normas, um benefício concedido e não como um direto da criança, que deve ser garantido, por se tratar de uma necessidade, e estar assegurado em Lei.
Pensando nisso decidimos, fugindo dos padrões convencionais com que temos abordado o assunto, realizar essa oficina/mini-curso com o tema: “brinquedos e brincaderiras na escola: benefício concedido ou direto garantido?”, a fim de mostrar a todos que trabalham com crianças, e se interessam pelos estudos sobre o brincar, as diversas facetas de um mesmo tema, fundamentado em teorias e práticas que valorizem a criança como sujeito dos direitos e o brincar como exercício de cidadania e não apenas como simples passa-tempo.

Público Alvo:

Graduandos em Pedagogia, Pais e Professores (as) de Educação Infantil e 1º ao 5º ano do ensino fundamental.

Carga horária/nº de particpantes:

O curso terá uma carga horária de 16 horas podendo ser adaptado para 12 ou 8 horas, atendento no máximo 60 pessoas

Obs: Os participantes deverão trajar roupas leves e confortáveis.

Atividades:


  • Exposição oral;
  • Leitura e análise de textos;
  • Roda de conversas;
  • Construção de painéis;
  • Oficina de brincadeiras:
  1. Musicografias – “Pode cantar que eu danço”
  2. Brinquedos cantados – “A magia do corpo pelo movimento”
  3. Brincadeiras tradicionais – “O pião entrou na roda...”
  4. Jogos cooperativos – “Ninguém vai sair... Todos vão brincar?”
  5. Brincadeiras (im)possíveis – “Será que vai dar?”
  • Histórias:
  1. Literatura infantil – “Era uma vez...”
  2. Contos populares – “Quem conta um conto aumenta a simpatia”
  • Os cantinhos do brincar;
  • Oficina de danças:
  • Danças circulares – “E nessa ciranda o mundo inteiro, é meu, é seu....”  
  • Oficina de Brinquedos¹
Materiais e equipamentos:

Aparelho de som; caixa amplificada; cadeiras tipo escolar sem braço; papel sulfite; papel de seda nas cores vermelha e verde; balões coloridos; massa de modelar; hidrocor; caneta azul; lápis de cor; giz de cera; tinta guache (várias cores); tinta facial; papel metro (branco ou amarelo); fita adesiva; fita crepe; barbante; tesouras; jornais; revistas.
Bibliografias:

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal 8069 de 13/07/1990.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. MEC/SEF, 1998. 3v.

BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e Cultura / Cilles Brougère ; revisão técnica e versão brasileira adaptada por Gisele Wajskop. – 5ª ed. – São Paulo, Cortez, 2004. – (Coleção Questões da Nossa Época; v. 43).

 

CRIANÇA, Pastoral. Brinquedos e brincadeiras na comunidade. Pastoral da Crianças – Curitiba, 2005. 192p.; il.; 20,5x27,5 cm (contém anexos).


KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogos Infantis: o jogo a criança e a educação/ Tizuco Morchida Kishimoto. – Petrópolis, RJ : Vozes, 1993.

KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para educação infantil. São Paulo – SP : Ática, 2003.

PORTO, Bernadete de Souza. Ludicidade: o que é isso mesmo?/Bernadete de Souza Porto (organizadora). – Salvador: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação; GEPEL, 2002.

REDIN, Euclides. O espaço e tempo da criança: se der tempo a gente brinca! / Euclides Redin. – Porto Alegre : Mediação, 1998. 85p. (Cadernos de Educação Infanitl).

ROCHA, M.S.P.M.L. Não Brinco Mais: a (des)construção do brincar no cotidiano educacional / Maria Sílvia Pinto de Moura Librandi da Rocha – 2. ed. ver. – Ijuí, Rio Grande do Sul: Ed. Unijuí, 2005.  – 200 p. – (Coleção Fronteiras da Educação).


SANTOS, Santa Marli Pires (Org.). A ludicidade como ciência/Santa Marli Pires dos Santos (organizadora). – Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

________, Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

________, Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis – RJ: Vozes, 200.

________, Brinquedoteca e Infância: um guia para pais e educadores em creche. – Petrópolis, RJ : Vozes. 1999.

________, O lúdico na formação do educador. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola / Gisela Wajskop. 5ª ed. – São Paulo: Cortez, 2001. – (Coleção Questões da Nossa Época; v. 48).

Um comentário:

  1. bem interessante as colocações sobre a importancia do brincar na escola..............pretendo desenvolver minha monografia visando esssas questões mencionadas...............me identifiquei bastante

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